Ela estava lá. Os pés quase frios, o corpo nu colado ao dele e os dedos passeando por aquele corpo masculino. Ele não tinha rosto, não tinha identidade. Álias, tinha. Tem. Na verdade ele significava toda uma vida, toda uma teoria que acabava de ir por água abaixo. Seus corpos ainda trêmulos, os olhos pesados, salivas por todo o corpo e um cheirando ao outro. Mas e ai? O que resta? A Tv noticiava a trágica morte da adolescente em um parque de diversões e ele falava sobre possibilidades futuras. Tudo parecia tão irreal, tão transparente e vazio. Começava a fazer sentido a necessidade de algo menos
superficial depois da súplica pelo gozo
profundo.

[Playlist: Essa noite, não. - Lobão]
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