terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Eu sou uma qualquer
Qualquer alma imunda sedenta por isso
O choro convulsivo se torna riso histérico
Eu me desconheço, eu não me habíto
O que eu fui não me contenta, o que serei não é a questão.
Tateando a alma sorrateira eu me percebo:
É confusão...
É convulsão... 
É confissão! (Você morreu!)
Parte é você, que partiu
Foi recuando e no chão se abriu um abismo
Sangue frio!
Você daquele lado, tragando a dor de outra morte
E eu exposta feito ferida aberta que sangra sem doer
O vermelho das unhas confundiu-se com o sangue vívido que ainda escorre enquanto eu me enfio nesse buraco aberto em mim.
A garra fere a carne (não mais a navalha), fincando, penetrando...

Ahhhhhhhh! 
Eis que minha boca cospe um gemido
um urro qualquer que descara o prazer.
...A dor é boa! Filha da puta...

ME FAZ DOER
ME ESTUPRO A FERIDA
VEM ME MATAR
VOU MORRER EM MIM! 




(Playlist: Powerfull - Major Lazer)