As mãos dele a
seguraram fortes pelas bochechas enquanto as pontas dos dedos acariciavam,
emaranhados nos cabelos, a pele da nuca. Antes dos lábios os olhos se beijaram.
O tempo parecia rastejar enquanto a alma dela se despia diante daquelas
retinas. Eles se encaixavam (por cima, por dentro) enquanto a respiração pesada
servia de música. Nenhuma palavra dita! Não precisava... Assim que as mãos dele
largaram daquela bunda, imediatamente ela se virou, adorava o sabor. – Não,
não é assim. Como não? E enquanto ela ainda tentava entender ele vinha em
sua direção, engatinhando e aninhando-se feito um gato vira-latas enquanto
explicava todo seu pragmatismo. Sem saber definir como algo bom ou ruim ela só
sorriu. Era novo, e ela não resistia a coisas novas. Depois de cravar os dentes
em boa parte daquele corpo branco e já toda melada dele, ela se levanta, cretina,
e começa a se vestir. Ele, tão sacana quanto (maldito!), ainda a devorava com os
olhos e tratava de se enfiar naquela bermuda vermelha. – Olha só isso, para
que serve? Perguntou ela, erguendo um livro fino de capa preta o qual as letras
prateadas e garrafais intitulavam de SEGUNDO TESTAMENTO. – Isso é para eu
te enxugar, bem aí, no meio das pernas. ( m a l d i t o )
[Playlist: Mastodo – Oblivion]
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