terça-feira, 27 de novembro de 2012




         

       As mãos dele a seguraram fortes pelas bochechas enquanto as pontas dos dedos acariciavam, emaranhados nos cabelos, a pele da nuca. Antes dos lábios os olhos se beijaram. O tempo parecia rastejar enquanto a alma dela se despia diante daquelas retinas. Eles se encaixavam (por cima, por dentro) enquanto a respiração pesada servia de música. Nenhuma palavra dita! Não precisava... Assim que as mãos dele largaram daquela bunda, imediatamente ela se virou, adorava o sabor.  – Não, não é assim. Como não? E enquanto ela ainda tentava entender ele vinha em sua direção, engatinhando e aninhando-se feito um gato vira-latas enquanto explicava todo seu pragmatismo. Sem saber definir como algo bom ou ruim ela só sorriu. Era novo, e ela não resistia a coisas novas. Depois de cravar os dentes em boa parte daquele corpo branco e já toda melada dele, ela se levanta, cretina, e começa a se vestir. Ele, tão sacana quanto (maldito!), ainda a devorava com os olhos e tratava de se enfiar naquela bermuda vermelha. – Olha só isso, para que serve? Perguntou ela, erguendo um livro fino de capa preta o qual as letras prateadas e garrafais intitulavam de SEGUNDO TESTAMENTO.  – Isso é para eu te enxugar, bem aí, no meio das pernas. ( m a l d i t o )


[Playlist: Mastodo – Oblivion]



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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

                        Não é sobre você, é sobre mim. Sobre esse estado ridículo de achar que qualquer coisa dita, não dita, feita ou não feita, é um sinal de alguma coisa. Acontece que poucos chegaram. Muitos se foram e eu até adorava a ideia. É mais seguro. Mas ai os pontos cardeais resolveram se instalar bem envolta do seu umbigo. Qualquer direção que eu ouse tomar me leva para um pedaço seu. Seja para seus pelos aloirados e seu nariz tão simétricamente perfeito ou para seus pés brancos e gordos, ou então para qualquer uma de suas mãos que instalaram em minha pele um tapa inflamado que pulsa toda vez que me lembro de você.



[Playlist: Korn - Alone I break]

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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

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                                          Fotos excitam, isso não é segredo para ninguém. Mas haja criatividade nas poses pra mostrar algo diferente, algo ainda não revelado, mesmo que em cada clique a intimidade seja toda exposta. Foi ai, bem nessa hora em que você apareceu. Rompendo, quebrando todos os  paradigmas e explodindo qualquer possibilidade de expectativa frustrada. Mais do que fotos! Além das imagens seus textos são finos. São fieis ao que sente, por isso enfeitiça. Cada parte desse corpo branco, grande, instigante, cada partezinha me provoca um furor, uma vontade de mastigar sua pele, cravar meus dentes ligeiramente amarelados em cada espaço vivo que exista em você, que pulse. Porém, sua boca é o que mexe comigo, e como mexe. Além de ser totalmente sexual, de carregar esse sorriso puto que só você (só você, branca) é capaz de dar, sua boca é sim capaz de engolir muito mais do que uma outra boca ou um membro farto... Ela engole até mesmo quem apenas a observa. Impossível não se perder... Cada pedaço que constitui essa peculiaridade que é você, me caça, me amarra. Fui alçado por seus encantos como um polvo faminto alça sua presa com seus tentáculos. A cena dos seus cabelos desgrenhados espalhados por suas costas, a pele alva contrastando com esse cabelo preto breu, ahhh, essa cena é a minha maldição para o resto da vida. 





"Você me envocou, eu só fiz o que tinha que fazer. Eu apareci!"









[Playlist: Gotye - SomebodyThat I Used To Know] ;**