sexta-feira, 19 de março de 2010

Todos os dias imaginava a mesma cena.
Pegava o celular e o atirava em direção a parede, ouvindo o barulho alto dos plásticos e placas espatifando no chão e deixando de ouvir o auto-falante berrar de maneira insuportável em seus ouvidos.
Voltando ao sono, ouvia os ultimos roucos segundos do alarme morrendo.
Morte! Ótima maneira de começar a semana, Anne.

- Vai querer achocolatado, filha?

E todas as semanas a mãe fazia a mesma pergunta. E óbviamente ela sempre sabia a resposta.

- Vá se ferrar. - gritava de maneira abafada debaixo do travesseiro.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Ja fazia tempo que eu não chorava.
Nunca foi tão simples assim, me sensibilizar e pronto.
Eu nunca me permiti chorar, ainda mais se fosse para ou perto de alguém que não fosse eu mesma ou uma de minhas outras possibilidades. (Nem mãe, pai, irmãs entram na jogada). Mas foi impossível conter qualquer coisa que quizesse se exteriorizar de mim a não serem as palavras. Eu falei. Falei e chorei.
Chorar é bom, chorar limpa alma. Mas em contrapartida nos faz parecer vulneráveis a qualquer readaptação.
Ela me olhava com aqueles olhos verdes riscados de laranja tão marejados e afogados não só em lágrimas, mas também na imensidão que nos parece ser a 'adolescência'. Foi ai que eu não me conti. Chorei junto quando ela me disse que não queria mais ouvir aquilo ou aquilo outro. Não chorei por dó, jamais. Chorei por não poder ajuda-la a não ser a ensinando a superar. Respirei fundo e chorando mais um golinho eu expliquei. Disse que o mundo é injusto mesmo, as pessoas riem mesmo e nós devemos sempre nos superar. Superação impede gozação, essa foi a dica.
E quando já não me aguentava mais de chorar, fui tentar espairecer as idéias, pensar mal dos outros. E ela me vem com aquele corpo lindamente juvenil, desenhado com pincéis de ouro e de simetria inimaginável e me abraçou.

- Obrigada. Obrigada por ser minha irmã e me ajudar a não ser igual a todo mundo. Te amo.

Claro. Lá fui eu chorar outra vez.




Às vezes em certos momentos difíceis da vida
Em que precisamos de alguém pra ajudar na saída
A sua palavra de força, de fé e de carinho
Me dá a certeza de que eu nunca estive sozinho ♫

[Playlist: Amigo - Roberto Carlos] - beiiijo ;*

segunda-feira, 15 de março de 2010

Rendo-me

E a certeza de que o amor e ódio são tão próximos quanto parecem ser se enraizou dentro de mim. Pudera eu, olhar para o alto e ver aquele sorriso malvado berrando luxúria com os cantos da boca. Era torturante o espaço entre um e outro.
Submissa indeclarada, foi assim que me senti.
Com seu calcanhar direito escorregando por minha boca, me vi literalmente aos seus pés.
Os delicados dedos do pé esquerdo dançavam a la francesa entre meus seios, deixando a lembrança das francezinhas finas do pé que não beijei.
Assim rompeu a linha tênue que divide minha relação de amor e ódio por esse extremo (...)

Beijo ;*

sexta-feira, 12 de março de 2010

"Eu consigo imaginar!..."

Talvez seja melhor eu não pensar em nada antes de dormir. Vou tentar não achar que penso em TUDO e MUITO por conta do meu excesso de tempo.
Maldita imaginação fértil!
Eu sofro de "Zinisse" aguda. Imagino tanto que me falta tempo e fôlego para colocar em prática. Bendita sejam as minhas sinapses incrivelmente rápidas.
Pensando bem (ta vendo?) acho que vou parar de pensar.

Fazer uma auto-mutilação me soa um tanto propício. Decaptação? Tiro? Mas, ("mas,..." significa "PENSANDOO BEM..." quando ativado o sap) o que seria de mim sem os ecos de meu eu lírico? (?) Sem os palpites rápidos e a transparência?

Parar de pensar talvez seja bobeira.


- Bem aventurados sejam aqueles que amam essa desordem. ♫


Ao final? Só me resta mirar pensamentos já engatilhados e disparar idéias ao que me resta de 'real'.


Ainda tatuo esse desenho no braço esquerdo.


Beeijo ;*

quinta-feira, 11 de março de 2010

Sem vontade de postar, sem ter o que postar e sem estímulo para isso. Hunf.
Ando meio supersticiosa demais (coisa grave para uma pessoa cética feito eu). As vezes acho que se eu contar tudo que pretendo fazer abro uma brecha para que coloquem 'energias negativas' em meus planos. Nada haver com espíritos, maldições... Energia negativa mesmo. O contrário do que a grande maioria das pessoas vai buscar nas igrejas, acreditando (que é o que faz a coisa acontecer) que recebeu uma benção/milagre/etc. Simples, não?! Estou lendo um livro bacana Inteligência Emocional do escritor Daniel Goleman. Fala sobre QI, QE, Genética, infernalismo humano. Esse tipo de coisa que eu ADOOORO. *preciso lembrar de terminar de ler o livro*

Ando com a cabeça nos ares :$

O curso está bacana. Professora super competente e matéria interessante. Ando bambeando para o lado admnistrativo da coisa. Será?


(Playlist: Ke$ha- TikTok)

Beeijo ;*

domingo, 7 de março de 2010

quinta-feira, 4 de março de 2010

Sintoma de Saudade!

Saudade é algo realmente muito complicado. É aquele sentimento que nós não sabemos classificar se é verdadeiramente bom ou ruim. Álias, eu acredito que existam dois tipos de saudades. A saudade saudável, aquela que te tras lembranças boas e que não conseguimos ficar triste por não termos. Só a lembrança de um dia algo ter sido nosso, já preenche. E óbviamente tbm tem aquela saudade trituradora. Aquele sentimento quase maldito que surge quando agente escuta aquela música que lembra alguém. E aquela foto que parece ter rasgado um pedacinho da alma da pessoa?

Foi pensando exatamente em saudade que eu, Mika, Carol e Russa chegamos a algumas coisinhas que, provávelmente, fizeram parte da infância de muita gente. Vamos para uma listinha? (não necessáriamente nessa ordem de saudade [: )


1 - Biscoito Mirabel.




2 - Bichinho Virtual - (Alguns tinham coragem de pendurar no pescoço)



3 - Caneta Gel - (Eu não emprestava as minhas. Não mesmo!)



4 - Patinete - "O meu é com rodinha de gel"


5 - Pasta de dente Tandy (Criançada quase morria de tanto comer isso na escola)




6 - Biotônico Fontoura - (Eu nunca precisei :$)


7 - Escantilhão de letras e números.


8 - Tênis Bamba - (Que uó)

8 - Pirulito DipLik.


9 - Tererê no cabelo


10 - Batom verde 24 horas.



11 - Batom de moranguinho.



12 - Boneco Fofão - (que vinha com um punhal dentro e todo mundo morria de medo)


13 - Bambolê.


14 - Quebra- cabeça.


15 - Bala Fizz - (Bala que compravamos em tiras enormes e que explodia na boca).



16 -Pega peixe - (Como era barulhento!)


17 - Mochila de ursinho - (Eu tinha o panda)


18 - Chupetinhas - (Em colares e lembrancinha de chá de bebe).


19 - Burrinho de madeira.

20 - Iôiô da Coca.




(...)

Se eu continuar a lista, levo o dia inteiro e ainda esqueço algo.
Caso eu lembre de uma coisinha ou outra, eu posto.

Vou ali falar com a mãe.

Beijo ;*

segunda-feira, 1 de março de 2010

Das de Vênus...



- Sabe um menino de vestido?
- Hm!
- Então, as vezes eu me sinto meio assim.
- Por que?
- ÓTIMA!!!

Era essa a maneira que havia encontrado para ir contra o que odiava nos homens, o tal instinto.

- Como assim, todo mundo sabe que você é uma menina.
- Uma menina... - e riu - E o meu lado sapatão?!

SLAPT! Era esse o tapa que gostava de virar contra aqueles rostinhos masculinos. Os mesmos rostos que intrusamente se enfiavam entre suas pernas brancas, exteriorizavam o choque ao saber que a menina de vestido gostava de meninas.


Homens de amar tão de repente. Mulheres de amar para sempre.