sábado, 20 de fevereiro de 2010

Sobre o "nada".

Muito engraçado! Muito engraçado MESMO. Minha vida era calma, bem calma. Resolvi ser inconsequente uma única vez (não me arrependo, até parece) e minha inspiração para escrever simplesmente fugiu. Agora, mais do que nunca, tenho certeza que adoro criar situações e supor como eu reagiria na mesma. Minha realidade utópica parece ser bem mais legal e interessante do que minha própria vida. Nunca senti isso, é novo. Escuto músicas lindas, leio ótimo textos... e nada acontece. As palavras simplesmente não se amontoam mais, agora elas se escondem.

A vida é um eterno perde e ganhar, já sei. Só não sabia que para ganhar o que ando ganhando, teria de perder o que nutre esse meu cantinho aqui. Tudo bem, vou tentar enxergar isso apenas como uma lacuna de inspiração, e espero que jajá eu consiga preenchê-la. Mudando de assunto...

Meu coração? Dele não sei, só sei do estômago. Nada de borboletas nele. E sinceramente? Não acho nada ruim. Gosto de sentir os pés firmes no chão e ao mesmo tempo, aquela anciedade para ligar. Coisa de gente de verdade, e acho, de sentimento de verdade. Agora eu não sei, álias, só sei que está bom (na verdade ótimo). Não quero que mude nada. Gosto da maneira diferente, da sintonia dos pensamentos e do respeito mútuo. Se o preço disso tudo forem as tais borboletas... As quero bem longe de mim.



Está tudo bem agora
Com o que você está aborrecido?
Buscar meus sonhos, buscar minha vida, buscar meus amores
Buscar meus amigos, buscar o raio de sol lá em cima
Porque estou fazendo da forma mais difícil
Quando tenho lindos pensamentos tenho que ser feliz ♫


[Playlist: Natasha Bedingfield - Happy]


Beeeijo ;*

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Depois da largada.

A bandeira dançou moldada pelo vento. Pude até ouvir o ruído dos pneus queimando o asfalto e logo sumindo do alcance de meus olhos. Na curva, os riscos escuros das freadas bruscas e o cheiro de combustível tomando conta do lugar. Mas e eu? O que eu ainda estou fazendo aqui? Parada e preparada no ponto de largada, com a chave na ignição e esperando ALGO para ligar os motores.

Por que eu estou aqui parada ainda?
Será que é possível eu conseguir ganhar mesmo começando na segunda volta?

Ja estou metade resolvida, agora preciso correr atrás da outra metade para eu encher.

Beeeijo ;*

[Playlist: Estelle - American Boy]

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Púrpura em algodão

O roupão pesado varreu todas as migalhas que cobriam o tapete da sala. Era imenso, felpudo e roxo. Parecia abraçá-la num momento de intensa instabilidade emocional. Dedos de velho. Quanto tempo não entrava no chuveiro pensando “ - Só vou sair quando os dedos enrugarem”?
As pálpebras já pesadas mantinham-se insistentemente abertas. Lembrou de outro dia em que disse que de seu misto de sentimentos, sempre conseguia sorver coisas boas (pelo menos de acordo com seu senso auto-critico-literário). Não fazia idéia que com as digitais todas amassadas, os dedos ficassem sensíveis ao ponto de confundir as teclas que já sabia de cor e salteado. Encheu os pulmões e respirou o ar do novo dia. 07:39 AM. Além de tantas outras coisas que havia aprendido no dia anterior, aprendeu que não é preciso dormir para ver aquelas 24 horas acabarem. Um bom banho, lagrimas sofridas e um roupão roxo já bastavam para ajuda-lá.

(Maldita dor de cabeça u_u)

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Num castelo colorido.


E a única certeza é que tudo se começa no ERA UMA VEZ, assim como na maioria dos contos de fadas. A primeira letra (ê) enorme, linda e caligraficamente perfeita cheia de curvas. Dez vezes maior do que o restante das outras letras na mesma página.

Bruxa, ratos, madrinha, vilão, princípe e sapo. Na minha história existem cada um desses. Só não sei identificar qual é qual. Vou deixar apenas escrito as primeiras três palavras, e de preferência, vou escrever à lápis. Vai que eu queira apagar e escrever algo novo? Ou então um bocadinho mais de coisas antes do ponto final?

Esse meu conto de fadas parece cômico, e eu torço para que no final não seja trágico. O plural parece já denunciar... fadas. Eu e a minha. MINHA! Engraçado como não faço a mínima questão de masculinizar esse artigo. Meu conto de fada e a minha fada.

Esse romancezinho não tem nada de diferente, pelo contrário. As coisas são exatamente iguais (e talvez esse seja o motivo de toda e qualquer escolha. Lado a Lado. Nada de alguém parecer superior ou inferior). E assim como em toda estória de era uma vez, existe a princesa (vide foto) que no caso, não sou eu. Beijei alguns príncipes. Alguns ligaram, para outros eu dei o número errado e um nunca mais vi (sorte). Esperei, de maneira até inocente, ver a tão falada transformação. Mas no final nada acontecia, álias, até acontecia. Sobrava um tantão de espaço dentro de cada abraço. Cada projeto de beijo e cada frustrada decepção transformaram uma coisa em mim. Reparei que por mais que eu beijasse um principe, no final eu sempre me transformaria numa sapa.

E, assim como em toda estória de princesas e sapos - ou sapa, no caso - a minha história vai ter um final feliz. O castelo? Vai ser imenso, colorido e cheio de banheiros femininos ;D


Exclamação (!)


Existe aqui uma mulher
Uma bruxa, uma princesa, uma diva, que beleza
Escolha o que quiser

Mas ande logo, vá depressa
Nem se atreva a pensar muito
O meu universo ainda despreza
Quem não sabe o que quer ♫

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

E o Game over?


O Primeiro passo é começar com o intuito de ganhar. A questão que surge em seguida é; Vale realmente sair ganhando? Um dia eu disse... "No jogo existem os jogadores, a estratégia, o vencedor e o game over. E nem sempre perder é a pior possibilidade".

Já disse, até mais de uma vez, que adoro me contrariar. Pois é... eu continuo gostando. Hoje me contradigo sim, mas não na questão do PIOR ou MELHOR do jogo. O simples fato de jogar já é um crime. Jogo, estratégia, perssuasão... Tudo me faz lembrar golpe, o que é mais certo ainda que não gosto.

- Bandeira branca. Desisto!

Confesso que até certo tempo eu achava que essas palavras só ecoariam da boca de um perdedor. Afinal, só não joga quem não sabe ou quem tem medo de perder. FAIL! Mais uma vez eu assinando meu atestado de burrice e declarando em público que eu errei. (Ando me superando)

Não jogo mais, por que acho que não se joga com quem se gosta. Jogadores são opostos em tudo. Em time, em campo, em estratégia... E jogos quase sempre são sujos (pelo menos na maioria das vezes) e uma coisa que eu já sei faz tempo é que não sujo minhas mãos por quase nada. *Quase nada MESMO*

Então, para que jogar se não se quer ganhar, se está supostamente jogando com quem se gosta, e quando não se quer sujar as mãos?



Beijo ;*



A alegria do pecado
Às vezes toma conta de mim
E é tão bom não ser divina ♫

Zelia Duncan - Carne e Osso

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Se eu queria enlouquecer, esta é minha chance.


- Para de me olhar assim que eu fico com vergonha de falar.

Disse ela como se, olhando para as gavetas bagunçadas, eu não fosse prestar atenção no que ela me dizia. Precisava me trocar, e rápido.Vestido roxo? Amassado! Blusinha rosa de uma manga só? Muito transparente...

- E eu não vou mentir, claro. Mas foi estranho. Água e vinho.

- Como assim? Diferente do que? De mim?

- Não né. Diferente de mim. Ela riu.

Não achei a mínima graça, mas esbocei um sorrisinho de mentira que tenho certeza que não convenceu. Tenho mesmo, é que parar de ser egoísta, e isso tem que ser LOGO.

- Sabe, eu não teria coragem de fazer - aproveitei o embalo - mas não te recrimino por ter feito.

Ela se preocupou em apenas me ouvir e dobrar o vestido roxo, ainda mais amassado, que eu havia jogado sobre a cama.

- Eu gosto de você, sério. E justamente por isso eu quero te ver bem. Se você realmente acredita que vai ficar bem assim, ótimo. Eu sou a primeira a apoiar - disse eu, sem ironia.

Não sei se ela acreditou, mas eu tentei.
Ah, essas mulheres... Como será que consigo gostar tanto delas?


[Playlist: Romance Ideal - Paralamas do Sucesso]

domingo, 7 de fevereiro de 2010

(8)


Eu não quero ouvir que a minha estrada caiu como uma ponte.

Aquilo já tem nome.

Heroína, pronto. Arrumei um nome para aquela coisa.

Ahhh, que vontade imensa de enfiar dois dedos nessa maldita garganta e puxar com toda minha força as palavras que se entalaram ali, naquele cantinho. (maldita perna que tbm não para de balançar). Heroína é o substantivo perfeito e, veja bem, quando falo desse substantivo, não me refiro ao nome de um ser. Aquilo não é um ser! Até parece, aquela coisa é só um amontoado de coisinhas boas que fazem com que vc se aproxime e pronto. Rárá. Se fudeu! Caiu na armadilha certa! Entendeu o por que de aquilo não ser um SER? Seria muita crueldade, coisa de outro mundo. Desumano demais para ser real. Quase aquele lance do morde e assopra, só que aquilo te chama com beijos, assopros de delicadesa, sinceridade... Quando na verdade, você vai ser apenas a entrada antes do prato principal.
Já consigo imaginar como ficarão feios os meus joelhos todo cheios de hematomas. Prometi para algo que me ouvia antes do sono, que iria todos os dias rezar para aquilo. E se de fato alguém me ouviu e existe realmente um céu e inferno, meu lugarzinho lá em cima - no céu - já esta garantido. Eu pedi taaaanto para que o cara lá não mandasse aquilo para o inferno. Imagine só, aquelas pernas, aquelas cicatrizes virando cinza. O machucado no dedo do pé nem cicatrizou e eu serei cruel de desejar que sinta aquela carne ainda viva, queimando? Deus, me perdoe, eu pequei. Não consigo imaginar aqueles cachos artificialmente pretos cheirando a plástico derretido em meio aos poucos restos mortais em brasa. E aqueles olhos? Do que adiantará o rímel encomendando e a intenção de deixar o verde ainda mais verde?
Tudo bem, eu assumo. TENHO CULPA! Me perdoa, vai. Me perdoa por ser límpida e transparente. Me perdoe por lhe contar, lgoo depois do primeiro passo, que a vovózinha era apenas um pretexto, e que na verdade, toda essa roupa é só para esconder meus pelos de lobo mal. Mas acima de qualquer coisa, me perdoe por ter a coragem de te deixar ficar, mesmo sabendo do risco que sempre correu!
Aquilo não pode ser um Ser, não pode ser um "ser real".



(...)



- Mãe, eu tenho nome de que?

- Como assim, tem nome de Lenina.

- Nããão! Se eu não fosse Lenina, seria o que?

- Ah, se vc não fosse? Se não fosse Lenina, você seria Lenin!
- sorriu entre os dentes e, com olhos, entre os fios da franja.

- Nããão! Se eu não me chamasse Lenina, me chamaria....?

- Se você não se chamasse Lenina, você não seria você.





Sem beijo desta vez.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

E tudo precisa de um fim;

; até mesmo para recomeçar.


Não foi fácil como sempre imaginei que seria. Mas foi! Me sinto aliviada por fazer a minha parte (ou deixar de fazer) que seja, gosto sempre de ser sincera.

(...)

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Quem não tem pra quem se dar...


Dia 03 Fevereiro está mais perto do que parecia. Parece que foi ontem mesmo que eu pensei "Caraaaamba, falta mais de um mês". E pronto! Recursos Humanos e Logística. Tudo haver com enfermagem! Enfim...

Minha playlist nunca é a mesma por muito tempo, consequentemente muita coisa sempre muda. Os cursos, a área, os donos e donas dos olhos com que flerto... Isso ja não me surpreende mais. Numa de minhas andanças, esbarrei com uma ótima playlist de mpb. Ana Carolina, Djavam, Adriana Calcanhoto, Lenine. Só coisa REALMENTE muito boa.

O blog anda abandonado, mas não é por querer. Minha inspiração e criatividade me abandonaram (engraçado que não sofro com isso). Mas na medida do possível eu tento me contorcer e respingar algumas meia dúzias de palavrinhas. Estou até estudando uma nova forma de escrever. Quem sabe me terceirizando e com uma porçãozinha de diálogos eu não preencho o que resta de minha auto-satisfação literária.

Minha vida por inteira ME dou.

Ando avaliando contratos que pretendo fazer comigo mesma. E a pergunta que fica é: até quando esse egoísmo todo vai me guiar para o lugar que seja? Hein?

Beijo ;*