terça-feira, 27 de novembro de 2012




         

       As mãos dele a seguraram fortes pelas bochechas enquanto as pontas dos dedos acariciavam, emaranhados nos cabelos, a pele da nuca. Antes dos lábios os olhos se beijaram. O tempo parecia rastejar enquanto a alma dela se despia diante daquelas retinas. Eles se encaixavam (por cima, por dentro) enquanto a respiração pesada servia de música. Nenhuma palavra dita! Não precisava... Assim que as mãos dele largaram daquela bunda, imediatamente ela se virou, adorava o sabor.  – Não, não é assim. Como não? E enquanto ela ainda tentava entender ele vinha em sua direção, engatinhando e aninhando-se feito um gato vira-latas enquanto explicava todo seu pragmatismo. Sem saber definir como algo bom ou ruim ela só sorriu. Era novo, e ela não resistia a coisas novas. Depois de cravar os dentes em boa parte daquele corpo branco e já toda melada dele, ela se levanta, cretina, e começa a se vestir. Ele, tão sacana quanto (maldito!), ainda a devorava com os olhos e tratava de se enfiar naquela bermuda vermelha. – Olha só isso, para que serve? Perguntou ela, erguendo um livro fino de capa preta o qual as letras prateadas e garrafais intitulavam de SEGUNDO TESTAMENTO.  – Isso é para eu te enxugar, bem aí, no meio das pernas. ( m a l d i t o )


[Playlist: Mastodo – Oblivion]



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