sábado, 5 de março de 2016

      Espremi cada pedaço meu para ver escorrer qualquer coisa que me valha, e... Cadê as palavras? 
      Só doeu! Doeu, sangrou, pingou e novamente eu saí rebolando (eu sou mestre nisso). 
     Tudo o que eu quero dizer não sai. Sinto-me muda frente a alguém que anseia por uma resposta breve, sinto-me de mãos amputadas frente a uma carta escrita em braile que tem urgência em ser lida. 
      O que esperar de alguém que mesmo cansada, empapuçada, nunca quer ou nunca sabe a hora de ir para a casa? De quem acende um cigarro no outro, fazendo fumaça e sentindo prazer nos alvéolos sendo surrados por todo aquele veneno?! Foda-se os óculos esquecidos, deixa o sol queimar... A pele, a retina. Eu quero evaporar. Parecer mais leve e flúida, pois dessa forma em que me encontro fica difícil eu me engolir. 
Eu me revelo! (estou exposta)
Mal paga 
Mal frequentada
...
Mas isso é meu. Sou eu! 
Será que eu não gosto tanto assim de mim? 

 Acha exagerado o que escrevo? Pois você ainda não viu o que eu apago.


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