quarta-feira, 28 de setembro de 2011




Você sentou novamente em frente ao computador, abriu o navegador e voltou a desperdiçar seu tempo. Enquanto continua lendo o texto de uma garota que não sabe absolutamente nada sobre o que escreve, não vai adicionar nada à sua cultura, ou mesmo tem alguma influência no assunto, o mundo lá fora pressiona algum outro idiota a fazer o mesmo que você. Faz alguma ideia da importância disso? É, imaginei que não mesmo. Enquanto você continua lendo, numa tentativa de encontrar respostas, seus problemas permanecem lá, do mesmo jeito. Sua vida permanece cheia de crises, pendências e uma completa ausência de sentido. “Vazio” é a palavra que descreve tudo. O melhor que consegue fazer para mudar é contratar uma diarista, comprar um sofá e uns tapetes para decorar o apartamento, arranjar uma namorada e levá-la para passear no shopping ou dar uma em um motel. Você não tem coragem sequer de sentir dor. Fica ansiando pela felicidade como uma criança assistindo ao Rei Leão, achando que um dia vai ser rico e substituir seu chefe. Abre o seu navegador, esperando que alguém lhe diga como, o que ou quem você deve ser. Se você espera que eu abra as portas da esperança, traga alguma receita de felicidade ou um passaporte para a ilha da fantasia, sinto muito. Não é sobre felicidade que vim falar. Não vou ensinar como ser mais forte, mais bonito, mais inteligente, ganhar mais dinheiro ou conquistar mais mulheres. Não, nada disso. Tudo o que sei é sobre perda, sofrimento, vício, desilusão, batalhas e, principalmente, derrotas. Eu digo: pare de lamentar suas derrotas. Pare de sofrer inutilmente. Aprenda a gostar disso. Perceba o sabor do sangue na sua boca quando o soco chega. A falta de ar quando o impacto atinge o seu estômago. A poeira no rosto quando você cai de cara e não sobra mais nada. Note o brilhantismo deste momento. A oportunidade única que chega agora. Ria diante da dor, aproveite para sair do torpor e lembrar, alguma vez, o que é realmente se sentir vivo. Se eu perguntasse quem é você, provavelmente viria cheio de frases prontas. Um monte de besteiras. Músicas que gosta, filmes, fotos em preto e branco, paixão por Beatles, lugar onde trabalha, suas mazelas nos relacionamentos, a cidade onde cresceu e as expectativas salariais dos próximos anos. Você não é nada disso. Se me perguntassem, diria: eu sou o punho acertando a sua cara. Sou tudo o que você quis ser e não teve coragem.


Eu? Desonesta comigo mesma?!
Foda-se, cade meus calmantes?


[Playlist: Slipknot - Psychosocial]


Vão pro inferno!


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