sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Era engraçado tentar lembrar. Álias, era impossível. Parecia que nada havia acontecido, que eram apenas historias sem nexo e sem porque algum. A música se repetia pela 27ª vez, ela digitava o nome e enter, tudo parecia ser mais real. Sentia o coração bater nas têmporas, como se ameaçasse escorregar e sair pela boca. Se lembrava do jeito, da voz, do gosto, da força. Era inacreditável, ela lembra que era. Enredo para um filme, talvez. Assim que acordou com o celular despertando, teve o imediato choque de realidade. Era um sonho. O estranho é que era bom, e ela não queria acordar. Digitou novamente o nome, enter. Não parecia a mesma pessoa na foto, não a pessoa do sonho. Eram pessoas estranhas, completamente diferentes. E ela sabia que parte da culpa era dela. O nó apertou na garganta mas o sorriso se desenhou primeiro. Queria poder sentir o beijo, o abraço forte e o coração acelerado batendo em peito alheio.. Agora eram pessoas estranhas, ocupadas, adultas (ou não). Talvez não fosse a mesma coisa. Talvez fosse ainda melhor.

“...Mas fique sabendo que mesmo passando-se trinta anos, eu ainda me vejo olhando em seus olhos verdes novamente. Por favor, não corta o cabelo. Você lembra de mim?.”


E o meu conto de fadas?


[Playlist: Trough Glass - Stone Sour]


;*

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