segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

sadomasoquismo são


+18


[...] Foi como se o gélido cano do revólver percorresse por entre as minhas pernas. Uma sensação de desespero tomou conta do meu corpo por inteiro. Mas nas partes... bom, na área genital propriamente dita, senti a angústia e a pressão sobre o monte de vênus. Taquicardia e suores naquele "cortejo". E a febre que ressequia os meus lábios enquanto eu passeava com a língua áspera pelo cano da arma? Queria que ele me explodisse os miolos. Quase gozei com esse pensamento maldito. Seria o fim da agonia e do êxtase. Morreria de tiro certeiro e de gozo. Que inferno!
Eu o sugava sôfrega. Sugava o cano da arma enquanto apertava o seu sexo duro e ameaçador. Ameaça-me a DOR! Era a dor que eu sentia por estar presa àquelas algemas aos pés da cama. E aquela arma a me atordoar o cérebro e a intimidade. Sentia o ácido me queimar por dentro. O cheiro da pólvora. O trêmulo das mãos daquele animal. Seu sexo apontando agora para os meus seios. O gemido... O meu gemido. (que cadela!).
O cara era um covarde. Com aquele pau IMENSO e AMEAÇADOR deslizando sobre o meu corpo e a mira da arma me apontando. Bandido! Cheguei a gritar de desespero. Queria fugir daquela cena deplorável. Daquela mutilação me-lin-dro-sa. Eu disse à ele que queria ficar solta. Eu foderia, sim! Daria prazer. Daria o meu corpo. Daria a ele o que ele quisesse e imaginasse. Mas o cano da arma me amendrontava. E ao mesmo tempo estilhaçava-me como se quisesse me penetrar nos meus pensamentos mais profanos.
Ele me vendara os olhos. Eu sentira com a língua. O doce. O amargo. O resto de pólvora dentro do cano. O gosto do sêmen. Implorei para que ele me libertasse, mas o solavanco do pau em fúria dentro da minha boca não o permitiu que o fizesse. Só senti quando os bicos dos meus seios eram acariciados com a ponta do revólver, enfiava os mamilos dentro do buraco da arma, descia pelos meus seios, lambuzava-me com o próprio líquido que já escorria de seu sexo arrebatador. Aos poucos fui gemendo, fui me contorcendo, arrepiando-me toda. Fui me esticando até alcançar as coxas peludas daquele infeliz. Fervi. Fervilhei. Aparei todo o gozo na ponta da minha língua quando ele enfiou o cano da BENDITA arma no corte de minha intimidade. Endoidei com o gélido desejo. Implorei pelo desfecho:

- Atira! Atiiiiiiiiiiiiiiiiraaaaaaaaaaaaaa!

Eu gozei de um jeito jamais sentido. Gozei arfando. Gozei feito bicho acuado. Enchi a arma do meu próprio líquido. O gozo dele veio farto quando percebeu que eu estava gelada e trêmula da cabeça aos pés. Viu também quando duas lágrimas salgaram o meu rosto num tom submisso de adorar aquela dor.
Raspou de leve os seus dedos sobre os meus lábios. Abriu as minhas algemas. Me deitou sobre a cama. Apertou o gatilho. Seco. Tudo estava seco. A arma lambuzada do meu gozo, porém, vazia. Mas o estampido soava aos meus ouvidos como uma prece.

(...) Bendita.





[Playlist: Lacuna Coil - Enjoy the Silence]


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