quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Eu sei que assim talvez seja melhor.


Santo Youtube!
Estava novamente sem fazer coisa alguma quando surgiu diante de mim o clipe da música Forever do Kiss. Para quem ainda não ouviu, ouça. Vale muito apena. A banda é boa demais e a letra foge do estilo "pesado" (que eu não acho ser tããão assim) e é bem mais romantica.
Óbviamente, como grande parte das coisas (coisas mesmo, sentido denotativo), essa música me fez lembrar de uma época da minha vida.

Grande parte do 1º e 2º ano do ensino médio eu me dividia entre Escola/Curso/Fake. Fake? Éééé, fake mesmo. Eu conheci em 2004 (se não me falha a memória) uma oportunidade nova de me ramificar virtualmente. Não, eu não tinha um perfil fake daqueles que fazem maldades, que hackeam...

De maneira simplificada... meu fake era como um personagem de rpg. Enfim! Brincando de viver eu conheci pessoas que serão impossíveis de esquecer. Uma dessas pessoas é o Mark. Menino que algumas semanas depois descobri que era 'guiado' pelo Murilo, mas que de certa forma nunca deixou de ser Mark (muito confuso?). O resultado foi que até hoje nos falamos, infelizmente não com a mesma frequencia, mas ainda tento não deixa-lo escapar de mim. Ainda vou conhecê-lo, claro que vou. Vou cumprir umas coisas que prometi (:

Tivemos o nosso rolinho virtual e foi deeeeemais! (Fique claro que o rolinho foi entre Mark e Anita. E Lenina e Anita são pessoas diferentes) Não sou louca, acreditem. Rs Escrevi isso para ambos - Murilo e Mark - num dia que ouvindo a mesma música (forever - Kiss) eu lembrei de como tudo começou e como chegou ao fim, que veio na hora exata.

- Isso é do Murilo, conseqüentemente, também é seu. Escrevi numa folha de caderno e digitei para você. Só posso mandar por aqui, então... Só peço que não aceite.

Por enquanto, ele não tem existência real, é só uma voz distante, separada por muitos quilômetros e diversos compromissos. Ainda assim, nos dávamos boa noite, sonhávamos um com o outro, imaginávamos como o outro estava, nos compreendíamos, brigávamos, passeávamos por bosques virtuais e, de alguma forma, nos amamos. Um entrou na vida do outro pela estreita porta que separa a realidade e fantasia, e ali tão suspensos, flutuando nesse misterioso espaço, nos apegamos. Tudo sempre foi muito mais real do que a pura imaginação e mais imaginários do que a dura realidade

As conversas, bastante delicadas, nos ofereceram combustível que alimentou a fantasia. Temos resistência, sabemos que éramos apenas vozes que não podiam ser incorporadas por pessoas reais e, por isso, nos encontrávamos, tão desejados. Seria uma violenta quebra de contrato comigo mesma, deixá-lo de lado. Os olhares mudos sustentaram a imaginação, que não foram apenas meias palavras. Foram palavras inteiras, ditas e escritas, que atravessaram as distâncias e comprometeram a vida real, mesmo que imaginária.
É evidente que, sem computador, eu jamais teria conseguido tanta intimidade com ele, ou eles. Essa relação é um subproduto da modernidade. Estamos juntos, porém, sem instruções de como continuar a história. Esta é a verdadeira questão: em qual categoria por essa relação? Amizade? Não somos propriamente, nem compartilhamos abertamente nossa vida cotidiana. Amantes? Jamais tiramos nossas roupas. Conhecidos? Não nos conhecemos. Apenas despimos nossas almas que viajam a banda larga.

É uma relação que não pode ser nomeada, não é nada, simplesmente não existe. Eu e ele apenas desconhecidos íntimos, antigos prisioneiros dessa novíssima condição. A partir da minha perspectiva, o verdadeiro perigo consiste em cair na armadilha de instalar uma coisa e forçá-la a alguma forma de existência. Sabe que sou incapaz de fazer algo do tipo. Ele que fala no MSN não é real, é uma criação minha e vice-versa. Somos seres que, como “Alice no país das maravilhas! vivemos atrás do espelho. A computação reúne máquinas e sentimentos de um modo estranho e monta armadilhas. Nós precisávamos nos manter calmos para não precipitarmos uma realidade perigosa e prematura. A tecla de delete não poderá nunca nos apagar.

Obrigada por ser meu ele e me servir de inspiração.!



(...) Quero deixar bem claro que estou COMPLETAMENTE apaixonada pelo Du e vida virtual e real são coisas distintas. Antes de ser fiel ao Eduardo, eu me prometi ser leal. Portanto... Ah, esqueçam! rs Passou, foi legal e não vou esquecer por que é ímpossivel e mesmo que fosse, eu não iria querer.


Beeijo ;*

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